Oi,
gente!
No
dia 10 de janeiro o IBGE divulgou o resultado o IPCA de
dezembro, que fechou em 1,15%. Desde 2002 o resultado não era tão
elevado para o mesmo mês. No ano de 2019 o IPCA fechou com alta de
4,31%.
O
índice de preços fechou o ano acima do centro da meta de inflação,
que é de 4,25%, mas ainda dentro da possível variação esperada,
que é de 1,5% para mais ou para menos.
Segundo
o IBGE, o aumento dos preços foi influenciado pelo encarecimento das
carnes, dos combustíveis e dos jogos de azar, frequentes no final do
ano;
O
grande vilão foi a carne, que teve um aumento de 32,40% no
ano, sendo que 27,61% foi só no último bimestre.
O
aumento
do preço da carne se
deve muito à demanda do mercado chinês, que sofreu com uma queda
brusca (em torno de 40%) na produção da carne suína, muito
consumida por lá (surto de gripe suína na China); e à alta do
dólar, que deixa as vendas para o exterior mais atrativas do que
para o mercado interno.
No
caso da China, houve a necessidade de buscar outros mercados para
abastecer a demanda e até outros tipos de carnes. Houve também
impacto no índice de preços do frango e dos pescados, que também
apresentaram aumento, tanto pelo consumo
externo,
quanto pelo efeito substituição, pois com o aumento da carne
bovina, o consumidor interno se viu obrigado a buscar um substituto
para a proteína nas refeições. O grupo ‘Alimentos e Bebidas’ e
o grupo de alimentação fora do domicílio também demostrou aumento
no índice de refeição e de lanches, como reação em cadeia.
Nos
próximos meses o
preço da carne deve voltar a se normalizar, visto que este foi um
choque momentâneo com a demanda chinesa. A oferta e a demanda
interna também deve se equilibrar. O boi obedece a sazonalidade da
produção de capim, portanto, há valorização do boi gordo nos
últimos meses do ano, com a influência do consumo e, também, por
causa da redução da oferta motivada pela entressafra (período
entre junho e novembro que ocorre a falta de capim e,
consequentemente, diminui a disponibilidade de animais no mercado. Já
na safra, entre dezembro e maio, a oferta de animais para abate,
aumenta.)
Sem
a alta dos preços da proteína animal, o IPCA teria encerrado 2019
em 3,54%, abaixo da meta.
No
índice de dezembro, os planos de saúde também foram um forte fator
de pressionamento dos preços, com a autorização de reajuste da
ANS, com alta de 8,24%; o aumento no preço das passagens aéreas, em
15,62%; e os combustíveis, aumento de 3,57%.
Em
2018, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo fechou em
3,75%.
O
IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), medido mensalmente
pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), foi
criado com o objetivo de oferecer a variação dos preços no
comércio para o público final. O IPCA é considerado o índice
oficial de inflação do país.
Confira
a minha participação na matéria realizada pelo Rio Grande Record,
que foi ao ar no dia 10 de janeiro de 2020, a partir das 19h.
Ou assista aqui (gravação caseira):
Beijos!!!
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